A música para a maioria das pessoas é uma forma de expressar sentimentos, desejos e frustrações. Esse conceito não está muito longe da realidade, pois durante muito tempo a música foi utilizada como forma de “abrir os olhos da humanidade” para as questões que afligiam o mundo, como a guerra, a discriminação, a opressão, etc.
Durante a década de 50, o Brasil vivia a euforia do crescimento econômico gerado após a Segunda Guerra Mundial. Com base nesse otimismo, um grupo de jovens músicos começou a buscar algo realmente novo e que fugisse do estilo operístico que dominava a música brasileira. Para a maioria dos críticos, a Bossa Nova se iniciou oficialmente em 1958 e marcou definitivamente a presença do estilo musical no cenário brasileiro. A Bossa Nova tem como características principais o desenvolvimento do canto-falado, ao invés da valorização da “grande voz”, e a fusão de ritmos brasileiros com o jazz norte-americano. Suas canções versavam sobre temas, sejam amorosos sejam sociais, voltados à maneira brasileira de viver.
A Jovem Guarda foi um movimento surgido em meados da década de 1960 que mesclava música, comportamento e moda. Ao contrário de muitos movimentos que surgiram na mesma época, não possuía cunho político. Os integrantes do movimento foram influenciados pelo rock da década de 1950 e 1960 e pela precursora do rock no Brasil, Celly Campello. Com isso, faziam uma variação nacional do rock, com letras românticas e descontraídas, voltada para o público jovem. A maioria de seus participantes teve como inspiração o rock comandado por cantores como Elvis Presley e bandas como os Beatles.
O universo musical brasileiro estava saindo dos embalos da bossa nova, quando mergulhou num movimento cultural contestador e vanguardista, em plena década de 1960: a Tropicália. Embora marcante, era vista por seus adversários como um movimento vago e sem comprometimento político, comum à época em que diversos artistas lançaram canções criticando a ditadura. Irreverente, a Tropicália transformou a sociedade, não só em relação à música, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas. O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano. A cultura do país, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.
Nos anos 80 e 90, surgiram as principais referências musicais da atualidade. O Rock anos 80 foi um movimento musical que surgiu já no início da década e é caracterizado por influências variadas. Suas letras falam na maioria das vezes sobre amores perdidos ou bem sucedidos, mas não deixando de abordar algumas temáticas sociais. O grande diferencial das bandas deste período era a capacidade de falar sobre estes assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerados. Fora a capacidade que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tudo com um tom de ironia, outra característica marcante do movimento.
Tendo por objetivo identificar a relação arte / história, promover o conhecimento dos principais movimentos da música brasileira, a socialização entre os alunos e a crítica perante o cenário musical estudado, o trabalho proposto foi que os alunos pesquisassem e interpretassem canções referentes à Bossa Nova, à Jovem Guarda, à Tropicália e ao Rock anos 80. Após longos estudos e ensaios técnicos, o resultado pode ser conferido nas fotos a seguir. Oportunidade para descobrirmos talentos musicais na escola, as apresentações foram um sucesso!
Trabalhos realizado pelos alunos do 8º anos D - E - Vespertino 2011 na disciplina de Artes.
Coordenação: Prof°. Fausto Verdini
Direção Escolar: Lindamara Gaigher
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